1. Leia o fragmento extraído do poema Os sapos, de Manuel Bandeira:
[...]
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado
Diz: - “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos.
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
“Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas...”
Urra o sapo-boi
- “Meu pai foi rei” – “Foi!”
-“Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”
a) O poema Os sapos, foi enviado por Manuel Bandeira a Graça Aranha para ser
recitado na abertura da Semana de arte moderna, de 1922. Nele há uma crítica à
poesia parnasiana. Essa crítica estava baseada na crença do poeta no projeto
literário do modernismo. O que defendiam os modernistas?
b) O que significa dizer “Não há mais
poesia/Mas há artes poeticas”, considerando as características essenciais do
movimento parnasiano?
2. O que defendia o Manifesto antropofágico?
3. Leia o poema Hípica, de Oswald de Andrade:
Hípica
Saltos records
Cavalos da Penha
Correm os jóqueis de
Higienópolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca
Chá
Na sala de cocktails
a) A qual vanguarda poderíamos associar o
poema de Oswald de Andrade? Justifique sua resposta.
4. Por que a temática
do “saudosismo” volta a ser desenvolvido pela primeira geração modernista
portuguesa? Explique.
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