quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Lista de exercícios - 3° ano


1. Leia o fragmento extraído do poema Os sapos, de Manuel Bandeira:



[...]

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado
Diz: - “Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos.
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
“Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas...”

Urra o sapo-boi
- “Meu pai foi rei” – “Foi!”
-“Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”




a) O poema Os sapos, foi enviado por Manuel Bandeira a Graça Aranha para ser recitado na abertura da Semana de arte moderna, de 1922. Nele há uma crítica à poesia parnasiana. Essa crítica estava baseada na crença do poeta no projeto literário do modernismo. O que defendiam os modernistas?

b) O que significa dizer “Não há mais poesia/Mas há artes poeticas”, considerando as características essenciais do movimento parnasiano?

2. O que defendia o Manifesto antropofágico?

3. Leia o poema Hípica, de Oswald de Andrade:

Hípica

Saltos records
Cavalos da Penha
Correm os jóqueis de Higienópolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca
Chá
Na sala de cocktails

a) A qual vanguarda poderíamos associar o poema de Oswald de Andrade? Justifique sua resposta.

4. Por que a temática do “saudosismo” volta a ser desenvolvido pela primeira geração modernista portuguesa? Explique.


Nenhum comentário:

Postar um comentário