quarta-feira, 16 de maio de 2012

Produção de texto

Bizunguinhos,
é sempre gratificante quando parte do aluno o interesse pelo seu aprimoramento acadêmico. Experimentei essa sensação quando obtive respostas de alguns de vocês a respeito do exercício de teoria do texto, e agora fui surpreendida pelo pedido de temas para produções extras de redação - UAU!
Então, volto a este espaço para propor-lhes a atividade de produção de texto solicitada.
Combinamos que estas atividades serão quinzenais, para que eu tenha tempo de corrigi-las. Conforme o movimento, penso que podemos combinar trocas entre os próprios alunos, como se fosse um fórum de discussão. Que tal?!
Vai ser bacana!

E aí vai o primeiro tema, já no clima do debate que está rolando na escola:

Tema de redação

 

Sobre as cotas raciais, leia com atenção o que dizem os textos propostos abaixo:

  

Cotas raciais

O sistema de cotas raciais no Brasil não beneficia apenas os negros. Nas instituições públicas da Região Norte, por exemplo, é comum a reserva de vagas ou empregos para indígenas e seus descendentes.

“Dar um benefício a um grupo racial é o mesmo que tirar benefício dos outros grupos. É pender uma balança que deveríamos trabalhar para ser equilibrada.”
André Góis








As cotas para negros nas universidades são uma “política afirmativa” de inspiração norte-americana que está fazendo pela maioria dos brasileiros – que é negra ou descendente de negros – o mesmo que fez nos Estados Unidos, país em que negros ocupam muito mais cargos e profissões de maior prestígio e melhor remunerados. [...] A maioria esmagadora dos negros, para não dizer a quase totalidade deles, apóia as cotas “raciais” em universidades. 
Eduardo Guimarães


Refletindo sobre as questões suscitadas pelos textos lidos, desenvolva um texto dissertativo em prosa, posicionando-se sobre a questão em debate. Dê um título à sua redação.


Bon courage, mes enfants!!
bisous
Amanda

2 comentários:

  1. Oi Amanda, tudo bom?

    É mais do que prazeroso quando nossos alunos demonstram um interesse maior pelo que estão estudando: na minha opinião, esse é o único momento que diferenciamos o nosso trabalho, que nos tornamos melhores professores e, de fato, atingimos outros potenciais.

    Refletir sobre as cotas raciais/sociais é bastante oportuno, pois é algo que nos atinge diretamente (estamos juntos no mesmo barco, professores e alunos, apesar de muitos não acreditarem – de ambas as partes). Porém, se me permite acentuar a discussão, acho que o debate será um tanto quanto tendencioso, pois a comunidade discente do Marupiara, na sua maior quantidade, é constituída por alunos que se autodescreveriam como BRANCOS e com condição social de média para elevada. Portanto – usando um argumento próprio da idade em que se encontram – se não podem usufruir das cotas sociais/raciais, podem ser, em um primeiro momento, contrários ou desfavoráveis a elas.

    Neste exercício reflexivo, proponho uma questão: e se fossem oferecidas cotas para alunos que passaram o Ensino Fundamental II e Médio inteiros sendo avaliados por conceitos e não por nota numérica. Afinal, a nota de corte das universidades é numérica, percentual, e não por descritores cognitivos. Nada mais “justo”! Será que esses mesmos alunos, agora, marcariam nas suas inscrições a necessidade da cota uma vez que se sentem “prejudicados” ou“inferiorizados” em relação a colégios mais rigorosos que reprovam seus alunos por 0,25 pontos , ou, buscando a mesma “justiça” e “igualdade” por acreditarem que um colégio que avalia conceitualmente pode ser tão rigoroso quanto um colégio que tem suas notas numéricas encarariam o mesmo desafio?

    Se eu ainda estivesse com vocês, proporia essa discussão. Vontade de por isso em prática não falta.

    Abraços carinhosos a você a todos que visitam esse blog.
    Prof. Renato Casemiro – Física – Escola Viva + Uninove

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  2. :)
    Obrigada pelo seu tempo e pela contribuição!
    Aguardando outras, daqueles mesmos que me pediram a atividade.
    beijo grande!

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