quinta-feira, 24 de maio de 2012

Proposta de redação

Olá, Bizunguinhos,
volto aqui para compartilhar com vocês um texto produzido por um dos alunos do 9o. ano A, o Vito Souza Muniz.
Escolho compartilhar esse texto porque ele traz uma qualidade, há um posicionamento claro, bem definido ,(que pode ou não ser controverso) do enunciador. Fato é que esse texto exercita aquilo que sempre falo para vocês quando o tema é argumentação: não será possível desenvolvê-la se não se estiver ciente e posicionado frente ao debate.
Abaixo reproduzo na íntegra o texto do Vito. O posicionamento é dele, os valores ali revelados, também.
A proposta de trabalho será, então que você identifique o debate e também se posicione, elaborando um texto argumentativo para defender seu ponto de vista. Lembre-se: você poderá reafirmar as ideias do Vito, ou refutá-las, estabelecendo assim uma polêmica.



"A Violência

Eu caminhava pelas ruas de meu bairro quando observei uma pessoa sendo assaltada. O ladrão estava ali pegando tudo que podia da vítima, que foi jogada no chão por ele, que fugiu a pé. A polícia só chegou dez minutos depois, o que achei um absurdo. Isso me fez pensar que a violência só existe nas cidades por falta de policiais, o que dá maior liberdade do ladrão, o que resulta em elevados índices de criminalidade.
De fato, quando a polícia for menos corrupta e fragmentada, talvez haja uma diminuição da criminalidade. Quem nunca foi assaltado ou furtado? Se essa diminuição ocorresse, o Brasil precisaria também melhorar a justiça que está lenta e falha.
Agora se pergunte: mesmo com todas essas medidas, os crimes parariam? A resposta é não. Nunca haverá uma sociedade sem crimes. O máximo a que poderíamos chegar é a uma taxa de criminalidade mínima."
Vito Souza Muniz

Bom trabalho,
beijinho
Amanda

terça-feira, 22 de maio de 2012

Exercício de teoria do texto - 2o. ano


Quadro-negro
Lenini, Carlos Rennó

No sub-imundo mundo sub-humano
Aos montes, sob as pontes, sob o sol
Sem ar, sem horizonte, no infortúnio
Sem luz no fim do túnel, sem farol
Sem-terra se transformam em sem-teto
Pivetes logo se tornam pixotes
Meninas, mini-xotas, mini-putas, de pequeninas tetas nos decotes
Quem vai pagar a conta? Quem vai lavar a cruz? 
O último a sair do breu, acende a luz
No topo da pirâmide, tirânica
Estúpida, tapada minoria
Cultiva viva como a uma flor
A vespa vesga da mesquinharia
Na civilização eis a barbárie
É a penúria que se pronuncia
Com sua boca oca, sua cárie
Ou sua raiva e sua revelia
Quem vai pagar a conta? Quem vai lavar a cruz? 
O último a sair do breu, acende a luz
O que prometeu não cumpriu
O fogo apagou, a luz extinguiu



1. Identifique o debate.
2. Identifique o par semiótico que organiza os argumentos
3. Explicite o posicionamento do enunciador, justificando sua resposta com passagens do texto.
4. Há uma ambiguidade implícita no título da canção. Explicite-a, considerando o contexto em que se insere.
5. Desenvolva um parágrafo argumentativo defendendo o seu posicionamento frente a esse debate.




Bon courage, mes enfants!!
bjs,
Amanda

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Produção de texto

Bizunguinhos,
é sempre gratificante quando parte do aluno o interesse pelo seu aprimoramento acadêmico. Experimentei essa sensação quando obtive respostas de alguns de vocês a respeito do exercício de teoria do texto, e agora fui surpreendida pelo pedido de temas para produções extras de redação - UAU!
Então, volto a este espaço para propor-lhes a atividade de produção de texto solicitada.
Combinamos que estas atividades serão quinzenais, para que eu tenha tempo de corrigi-las. Conforme o movimento, penso que podemos combinar trocas entre os próprios alunos, como se fosse um fórum de discussão. Que tal?!
Vai ser bacana!

E aí vai o primeiro tema, já no clima do debate que está rolando na escola:

Tema de redação

 

Sobre as cotas raciais, leia com atenção o que dizem os textos propostos abaixo:

  

Cotas raciais

O sistema de cotas raciais no Brasil não beneficia apenas os negros. Nas instituições públicas da Região Norte, por exemplo, é comum a reserva de vagas ou empregos para indígenas e seus descendentes.

“Dar um benefício a um grupo racial é o mesmo que tirar benefício dos outros grupos. É pender uma balança que deveríamos trabalhar para ser equilibrada.”
André Góis








As cotas para negros nas universidades são uma “política afirmativa” de inspiração norte-americana que está fazendo pela maioria dos brasileiros – que é negra ou descendente de negros – o mesmo que fez nos Estados Unidos, país em que negros ocupam muito mais cargos e profissões de maior prestígio e melhor remunerados. [...] A maioria esmagadora dos negros, para não dizer a quase totalidade deles, apóia as cotas “raciais” em universidades. 
Eduardo Guimarães


Refletindo sobre as questões suscitadas pelos textos lidos, desenvolva um texto dissertativo em prosa, posicionando-se sobre a questão em debate. Dê um título à sua redação.


Bon courage, mes enfants!!
bisous
Amanda